Você sabe especificar portas para seu projeto?

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Confira um passo a passo para realizar a correta escolha do produto, tendo como base a especificação por desempenho estabelecida na norma 

Desde a publicação da norma de desempenho da construção civil (ABNT NBR 15575 – Edificações Habitacionais – Desempenho), o setor vem passando por inúmeras mudanças. Entre elas a nova forma de especificar componentes, elementos e sistemas a fim de atender o desempenho requerido pela edificação que corresponde a um uso definido. Com isso, toda a cadeia produtiva foi impulsionada a determinar os desempenhos de seus produtos para atender aos critérios de desempenho da norma.

Para o segmento de portas de madeira não foi diferente, se antes as portas eram escolhidas apenas por aspectos estéticos e por preço, agora são levados em conta também requisitos como desempenho, ocupação, uso e durabilidade.

Essa mudança começou desde a publicação da norma de portas de madeira (ABNT NBR 15930 – Portas de madeira para edificações – Parte 2 – Requisitos). A norma classifica o desempenho das portas de madeira em função da localização do uso, eliminando a cultura da porta única utilizada em diversos ambientes.

Para auxiliar os profissionais da construção civil a norma traz um passo a passo para a especificação de portas por desempenho. Confira! 

  1. Ocupação e Uso da Porta

O nível de exigência de uso da porta muda conforme a ocupação da edificação, que pode ser privada, coletiva ou pública. Com base nesta característica e no futuro uso (residencial, corporativo, hotelaria, etc) da porta é determinado o nível de desempenho.

  1. Nível de Desempenho

Para todos os critérios incluídos na norma NBR 15575, foi estabelecido um patamar mínimo de desempenho, que deve obrigatoriamente ser atingido pelos diferentes componentes, elementos e sistemas da construção. Para alguns critérios são indicados outros dois níveis de desempenho (intermediário e superior). No caso de portas de madeira, o nível de desempenho é determinado conforme condições de ocupação e uso da porta.  

  1. Local de Instalação

Na fase do projeto, deve ser especificado pelo projetista o local de instalação das portas. No ambiente interior as portas estão protegidas da ação do tempo e podem ser instaladas em locais secos ou molhados (lâmina d’água, uso normal) ou molháveis (respingos). Já a porta de uso exterior está sujeita às intempéries e podem estar abrigadas ou expostas.

  1. Perfil de Desempenho da Porta

Para auxiliar na escolha exata da porta em função do desempenho, foram definidos cinco perfis de desempenho, em função da localização do uso, levando em conta o esforço e as situações às quais as portas serão submetidas. A porta deve se enquadrar em um dos cinco perfis, considerando os critérios de cada perfil como mínimos para determinado uso específico. 

Os 5 perfis de desempenho são: 

  • PIM (Porta Interna de Madeira): uso em interior seco
  • PEM (Porta de Entrada de Madeira): uso em interior seco
  • PIM RU (Porta Interna de Madeira Resistente à Umidade): uso em interior molhado ou molhável
  • PEM RU (Porta de Entrada de Madeira Resiste à Umidade): uso em interior molhado ou molhável 
  • PXM (Porta Externa de Madeira): uso em exterior abrigado ou exposto
  1. Tráfego de Uso

As portas estão sujeitas a ações repetidas pelo tráfego de uso. Para determinar sua frequência de uso deve ser considerado o nível de exigência da porta em função da sua ocupação: privada, coletiva ou pública

A norma estabelece cinco classes de desempenho: moderado, regular, intenso, severo e extremo. Todas as classes levam em consideração além da ocupação da edificação, o perfil de desempenho da porta.    

  1. Padrão Dimensional da Porta

O padrão dimensional da porta considera medidas padronizadas da folha da porta segundo sua massa. A norma estabelece quatro padrões que devem ser adequados de acordo com a ocupação e nível de desempenho da porta, sendo:

  • Leve;
  • Médio; 
  • Pesado; 
  • Superpesado. 
  1. Desempenho Adicional

Determinados projetos exigem performances adicionais como resistência ao fogo, isolamento acústico, acessibilidade, entre outros. Para essas situações são estabelecidos critérios para direcionar a escolha da porta que atende aos requisitos adicionais. Eles levam em consideração o tipo de ocupação em relação ao desempenho requerido. A porta com isolação sonora, por exemplo, possui seis classes de desempenho correspondentes ao valor do índice Rw. As portas resistentes ao fogo, para entrada de unidades autônomas, podem ser classificadas como PRF 30 (Porta Resistente ao Fogo por 30 minutos) e PRF 60 (Porta Resistente ao Fogo por 60 minutos) que correspondem ao tempo de resistência ao fogo. Para os demais desempenhos adicionais deve ser consultada a ABNT NBR 15930 – Portas de madeira para edificações – Parte 3: Requisitos de desempenho adicionais 

  1. Padrão de Aparência e Acabamento da Porta

Depois que todos os critérios que conduziram a escolha correta da porta para o uso desejado foram cumpridos resta decidir qual o padrão de aparência e acabamento da porta a partir das diferentes opções oferecidas pelo mercado. 

  1. Escolha do Fornecedor

Com a definição da especificação do produto, o próximo passo é buscar no mercado um fornecedor que possua a qualificação e comprovação do desempenho da porta conforme a norma técnica. Para as portas de madeira, deve ser solicitado ao fornecedor o certificado de conformidade do produto de acordo com a ABNT NBR 15930-2 e para os desempenhos adicionais, a ABNT NBR 15930-3. Em nosso site, nas páginas Empresas e Produtos, é possível realizar a busca por produto e encontrar os fornecedores qualificados, verificando suas certificações.

Contato
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